Esperança
Não fui trazido aqui por alguém amedrontado
Vim só e como eu mesmo
Apenas uma idéia numa longa cadeia de descobertas
Rodeado pelo mesmo: você
Às vezes a tua maré me empurra para fora do oceano
E eu morro numa maldição ?
Às vezes somos gentis
No mais, eu durmo
Tão longe quanto a praia onde os que a tentaram alcançar estão queimados vivos no calor seco do deserto de minha imparcialidade*
Há muito deixado de lado, eu nunca ouço a água
Exceto uma ou duas vezes por mês quando vejo um espelho
E me recuso a acreditar em algumas das coisas que foram ditas para estar aqui
Deixe em paz as que não foram
Estou tentando mudar meu caminho
O nosso é patético em minha humilde consideração
Eu amo o planeta
E grande e benigna loba
Benfeitora
Passeando gentilmente pelos quatro gigantes vermelhos da eternidade, portanto
Quando todos os jardins florescidos forem consumidos no fogo do tempo
Ela voltará para você”
Quando você olha para mim
Do seu próprio século
Talvez eu possa parecer
Estranha arqueologia
Mas quando os ventos florescem
Vindos desta direção
Talvez você perceba que eu
Estou no seu reflexo
Eu acho que sinto você
Mas nunca saberei
Enquanto os abismos partem
E as crianças crescem
Eu quis viver eternamente
Assim como você
Eu quis viver eternamente
E todos sabiam
Quando eu te apanhei
No espelho do amanhã
Eu achei que tivesse sentido você
Pular pra fora de minha pele
Derramando óleo
Em minhas lembranças incandescentes
Preechendo as pegadas vazias
Eu estava prosseguindo
Eu quis viver eternamente
Assim como você
Eu quis viver eternamente
E todos sabiam
Com a chuva
A floresta do norte
Derrubando gotas nas folhas
Bombardeia meu cérebro
Eu ouço você
Pelo quarto
Um mar de narcisos florescendo
Você é a neblina
O gelo através de minha vidraça
E novamente
Ela move seu corpo
E o seu sussurro tece
E o mundo passeia
E me diz que eu nunca tentarei partir
Quando eu olho pra você
Deste século sombrio
Sempre será
Com generosidade
Que nós talvez compartilharemos
A esperança em ouvir
Que não somos apenas
Almas desaparecendo