Milhares de beijos, milhares de milhares
Um a um dos meu lábios depositados no seu
Milhões de segundos, instantes de felicidade
Apagados, desaparecidos em um batimento de coração
Milhares de doces palavras sobre um para-brisa levantado
Numeros feitos sem jamais ousar a falar
Fins dos consentimentos rasgados, nos cestos de papel
Desdobra-las, recola-las, ler e guarda-las
Milhares de caricias ao milimetro quadrado
Milhares de gritos, de suspiros, escapados de nossas bocas
Um caminho para o céu, tocado, sonolento
Nada, como se nada tivesse acontecido
Eu gostaria de colocar tudo em grandes sacos
Palavras esquecidas, as mais comuns com as mais belas
Ninguém se perde nesses instantes tão preciosaos
Essas frases forão ditas, esse momentos pegaram um lugar
Gravar tudo, juntar o som e o odor
DNA, impressões, mas que nada morra
Esses milhões de filmens sobre nós, mas não de cinema
Todas as cenas perdidas que não rodamos
Abriremos todos os dias, onde nós seriamos menos fortes
Todos esses embriões do amor, todo esse amanhecer
Sincero, revelado, frageis e verdadeira franqueza
Olharmos uns para os outros como se isso pudesse tormar a gente em pessoas melhores
Milhares de beijos, milhares de milhares
Um a um em nossos lábios, depositados na pele
Milhares de pensamentos, momentos de eternidade
Olhares trocados nas garagens
Milhares de beijos esquecidos num piscar de olhos...